domingo, 13 de maio de 2012

Os Três Senhores


                Sabeis observar?
                Pois então és respeitável.
                Sabeis fazer?
                Isto cabe a todos.
               
                Homens racionais,
                São os que sabem obedecer.
                Acaso quem controla seus atos não é você?
                Você é livre!

                Suas atividades,
                Você escolhe.
                Suas atividades,
                É você quem as faz.
               
                Saiba,meu caro,ser livre;
                Saiba,amigo,obedecer;
                Pois foi tu quem escolheu,
                E tu mesmo o fará.

                Aprenda duas coisas e mais uma;
                Aprenda a aprender,
                Saiba fazer
                E a continuar.

                Pois fracos os que não aguentaram o que escolheram.
                A jornada pode ser longa,mas é tua,
                Tu és livre ou preso a impulsos?
                São os fracos que desviaram para caminhos curtos e frívolos!
                A palavra não sabem honrar;
                Tiraram a liberdade de seu altar!...

                São coitados,
                Nunca viveram,
                E não sabem viver;
                Não nasceram
                E continuam mortos.

Jamill Shafofaire

sábado, 5 de maio de 2012

Frenesi du Takifugu

Eau jolie
Eau bien me fait
Me vivre et me tue
Eau du lait!

Eau froide
Eau chaude
Baigne mon intérieur
Lave-moi dehors

Olgue Olégarie d'alambic
Mélange des algues hilariants
Eau de Moçambic

Eau mouillée
Eau friponne
Petit caïman que ne naige, mour
CHOI!

Jamill Shafofaire

Sofia


Fui à Grécia buscar o amor,
mas conhecimento era o que eu procurava
Por amor, até a Roma eu rumaria
porém só aqui encontro a verdadeira Sofia

Ah, Afrodite e Minerva pausam para um chá,
Ouço a concordância de brisa em minha cabeça,
Que há circunstancia em que a fé vence a ciencia,
Quando o amor vence toda a razão.

Assovios nos lábios,
cantorias às escondidas
Poemas piegas como esse,
flores para beijar
A propósito,
há propósito no coração do apaixonado
Que deixa o mundo de lado.
Jamill Shafofaire

Zênite

Alforria do ar preso no peito
Que expande o diafragma,
Dança de uma alma pura
Afeto ardente como magma.

Desenhos nos muros,
Ataques aos mouros,
Ao ar lanço murros,
Dando fim aos choros.

Por ventura consegui!
Cheguei ao seu coração com diligência,
Porventura, por que não alcançaria?
Sem mais importância, Deus e a Ciência.

Salve! Salve!
A todos os predestinados,
Aos apaixonados,
Àqueles como tu e eu, meu caro
Que assoviam, cantam, alcançam!

Jamill Shafofaire.

Hombre Libre


Fazer a vontade,
É prisão;
Ter liberdade,
É perfeição.

Homem bom,
Deseja o bem;
Todos são assim?
Não sei.

Homem mau,
Deseja o mal;
Ou será que não?
Ele é escravo,
Isto é certo.

Fazer vontade,
Não me entenda mal,
É pecado.
Fazer o quê se quer,
Compreenda-me isto é detalhado,
É casto.

A liberdade,
Nossa castidade!
A liberdade,
Nossa perfeição!

Jamill Shafofaire

A Mnemónica do Liberute


Ó,homem que não perde a lembrança,
Lembra-te que tu tens isso,
Não por divindade,
Mas porque sabeis o quê deveria fazer.

Esquecer?!
Só para fracos.
O que faz a alma resplandecer,
Senão os ingredientes nos pratos?

Digo,então que isso é receita de iguaria,
Digna de Deuses,
Mas não é ambrosia,
Nem néctar,
É arbítrio,
Pois a todos é possível.

Deuses desfrutam disso,
Com grande alegria;
Homens ignoram,
Com toda rebeldia.

Não troques de pratos!
Será uma lambança!
Não desfaça esse contrato!
Seja um homem que não perde a lembrança!

Jamill Shafofaire

Bossa Nova


Sua melodia lota o salão
Os presentes bailam em êxtase
Num turbilhão de colcheias e semínimas
Com compassos rápidos e sorrisos sustenidos

Réles cordas metálicas
Simbolizam pouco, quando soltas
Solicitada uma canção,
Reavivam a alma do torpor

A tensão destas cordas
É festiva para os boêmios
E acalenta os inquietos

Ao seu som, toda emoção aflora
Porém, lá no fundo,
O cavaco chora

Jamill Shafofaire