Ao raio que o parta
O rato de Esparta.
Que rateou que o espartilho
Da rainha de espadas
Tinha um rasgo para espantalho
Da rusga dos paspalhos.
sábado, 29 de dezembro de 2012
Soneto para Tesla
Lânguido flagelo celeste
Que reduz a cinzas os tolos
Desafiantes do filho do pai de Todos.
Desconhecido e temido de leste a oeste.
Veja o que fizeste
Ao fornecer, aos gigantes, engodos
Para ribombar noutra guerra de estrondos,
Prelúdios de mal e peste.
Derramam os céus o seu pranto
De gotas d'água do Estige.
Os sopros convergindo em canto.
Entre a Sila e o Caríbde
Temeu Jasão o mais mortal encontro
Com o pai de Afrodite.
Que reduz a cinzas os tolos
Desafiantes do filho do pai de Todos.
Desconhecido e temido de leste a oeste.
Veja o que fizeste
Ao fornecer, aos gigantes, engodos
Para ribombar noutra guerra de estrondos,
Prelúdios de mal e peste.
Derramam os céus o seu pranto
De gotas d'água do Estige.
Os sopros convergindo em canto.
Entre a Sila e o Caríbde
Temeu Jasão o mais mortal encontro
Com o pai de Afrodite.
Centelha
O que fazer quando
caem as luzes ao cair da noite?
Há algum conforto no sol que está raiando,
mas o que há quando o Tédio traz consigo seu açoite?
Somos escravos da luz plástica
Como as plantas são do Sol.
Hora ou outra, uma ação drástica
do Cosmos nos lança o anzol.
Se o que vive dependesse da luz humana,
Teríamos conceitos a rever.
Do Ser a ideia emana
e cabe aos Astros resolver.
À meia-luz de toda a luz,
a nouvelle vague da existência
ao Tédio conduz.
Se a natureza do Ser
For a falta do que fazer,
Basta a queima de fusíveis
Para que voltemos a nossas novas origens.
caem as luzes ao cair da noite?
Há algum conforto no sol que está raiando,
mas o que há quando o Tédio traz consigo seu açoite?
Somos escravos da luz plástica
Como as plantas são do Sol.
Hora ou outra, uma ação drástica
do Cosmos nos lança o anzol.
Se o que vive dependesse da luz humana,
Teríamos conceitos a rever.
Do Ser a ideia emana
e cabe aos Astros resolver.
À meia-luz de toda a luz,
a nouvelle vague da existência
ao Tédio conduz.
Se a natureza do Ser
For a falta do que fazer,
Basta a queima de fusíveis
Para que voltemos a nossas novas origens.
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Miasmas
Ao que restou do cadáver de Augusto dos Anjos.
A sete palmos do chão,
Numa caixa de mogno decrépito
Descansa a mórbida ilusão
com o resto de seu séquito.
A ignomínia funesta
Banha em formol as memórias
Que o enxofre contesta,
Cravadas a formão nos livros de estórias.
São exumadas as urnas d'ouro
Junto do resiliente refugo
Daquilo que um dia foi louro.
Dissidente e teimoso tarugo
Resto dos restos porvindouros
Incômodo desafio do lanugo.
Jamill Shafofaire
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Astrofilosofia
Estrelas anãs gigantes
Espectros de infravermelho
Das flores do Cosmo no espelho
Róseos nenúfares orbitantes.
Tanto se viaja, em instantes,
na magnitude da imensidão nebulosa
Uma super nova e poderosa
Reduzir-se-ia a migalhas pedantes.
A Terra é um pequeno cosmonauta
que pouco sabre sobre o céu.
E salta sobre estrelas, peralta.
Exalta os mistérios do Infinito, e salta.
Dá-se à audácia de explicá-los, ao léu
E depois clama por ciência exata.
Espectros de infravermelho
Das flores do Cosmo no espelho
Róseos nenúfares orbitantes.
Tanto se viaja, em instantes,
na magnitude da imensidão nebulosa
Uma super nova e poderosa
Reduzir-se-ia a migalhas pedantes.
A Terra é um pequeno cosmonauta
que pouco sabre sobre o céu.
E salta sobre estrelas, peralta.
Exalta os mistérios do Infinito, e salta.
Dá-se à audácia de explicá-los, ao léu
E depois clama por ciência exata.
sábado, 17 de novembro de 2012
Fábula
Certo dia, um gato foi questionado.
Perguntaram se ele se sentia incomodado
Com a questão das ratoeiras
Se era bom, ou se era bobeira.
Depois de pensar,
Após muito titubear,
O gato disse que era ruim para os ratos
Ponderou que poderia ser ruim para os gatos
Bom para as pessoas, entretanto
Não haveria mais senhoras em pranto.
Disse que não sabia.
Para ele, diferença não fazia.
Disse que isso pode ser discutido por horas a fio.
Foi embora. Alegou estar com frio.
E viva o Brasil.
Perguntaram se ele se sentia incomodado
Com a questão das ratoeiras
Se era bom, ou se era bobeira.
Depois de pensar,
Após muito titubear,
O gato disse que era ruim para os ratos
Ponderou que poderia ser ruim para os gatos
Bom para as pessoas, entretanto
Não haveria mais senhoras em pranto.
Disse que não sabia.
Para ele, diferença não fazia.
Disse que isso pode ser discutido por horas a fio.
Foi embora. Alegou estar com frio.
E viva o Brasil.
domingo, 11 de novembro de 2012
Machos de drosófila não fazem crossing-over
Polêmicas e mais polêmicas
Deglutidas com frutas transgênicas.
Um dia, chegará a hora fatídica
Da quebra das ligações peptídicas.
Fosfatos e adenosinas
Códons das proteínas
Carinhos da actina à miosina
Nascem os meninos e meninas.
Alguns, seguem tendências
Eu mesmo, uso um belo pulôver
Tudo é diferença
Bendito seja o crossing-over.
Deglutidas com frutas transgênicas.
Um dia, chegará a hora fatídica
Da quebra das ligações peptídicas.
Fosfatos e adenosinas
Códons das proteínas
Carinhos da actina à miosina
Nascem os meninos e meninas.
Alguns, seguem tendências
Eu mesmo, uso um belo pulôver
Tudo é diferença
Bendito seja o crossing-over.
domingo, 28 de outubro de 2012
Problematemática
Lançou-se o último suspiro
De quem se aventurou
A dividir por zero
Também já se foi quem se deu ao despeito
De tentar fraudar os ângulos
De um quadrado perfeito.
Há muito que caíram as máscaras
Dos latinos que criticaram
O grego de raiz de Bháskara.
Por mais complexo, por mais poluto
Que seja um trinta avos de mês,
Este pode ser resolvido por soma e produto.
Jamill Shafofaire.
De quem se aventurou
A dividir por zero
Também já se foi quem se deu ao despeito
De tentar fraudar os ângulos
De um quadrado perfeito.
Há muito que caíram as máscaras
Dos latinos que criticaram
O grego de raiz de Bháskara.
Por mais complexo, por mais poluto
Que seja um trinta avos de mês,
Este pode ser resolvido por soma e produto.
Jamill Shafofaire.
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Ipsis Literis
Ego cogito, ergo sum
Romani, ite domum.
Et tu, Bruto?
Dhomini canis, ad eternum
Magnum opus, Hocus Pocus
Curriculum vitae, magnum opus
Idem, Ibidem
Apud campi compendium
E pluribus unum
Circus maximus, auditorium
Ars longa, vita brevis
Allea jacta est.
Jamill Shafofaire
Romani, ite domum.
Et tu, Bruto?
Dhomini canis, ad eternum
Magnum opus, Hocus Pocus
Curriculum vitae, magnum opus
Idem, Ibidem
Apud campi compendium
E pluribus unum
Circus maximus, auditorium
Ars longa, vita brevis
Allea jacta est.
Jamill Shafofaire
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
De generadores
A mocidade é um pas de deux
com uma bailarina descuidada
numa dança qual ousada
de passos marcados num degradê.
A velha faz seu macramê
E a juventude transviada
Trata a vida como piada
E mal lê a um Mallarmé
Que se larguem os termos em inglês
Como rococós, adornos e badulaques
E que venham as gírias da sensatez.
Estampe uma ideia na tez
Lute, argumente, divulgue
Pois o calado não tem vez.
Jamill Shafofaire
com uma bailarina descuidada
numa dança qual ousada
de passos marcados num degradê.
A velha faz seu macramê
E a juventude transviada
Trata a vida como piada
E mal lê a um Mallarmé
Que se larguem os termos em inglês
Como rococós, adornos e badulaques
E que venham as gírias da sensatez.
Estampe uma ideia na tez
Lute, argumente, divulgue
Pois o calado não tem vez.
Jamill Shafofaire
domingo, 16 de setembro de 2012
Manifesto cafonista
Sejamos bregas!
Chega de "eu te amo"
Chega de sentimentos vazios
De palavras soltas ao léu
Deixem de ser broncos
Usem metáforas, eufemismos
Abusem das figuras de linguagem
Dos mecanismos semânticos
Misturem os acordes do violão
A palavras de paixão
Larguem mão de textos prontos
Colha flores de um jardim
Admire àquela única como a nenhuma outra.
Levante-se da poltrona
Escreva versos versos sinceros
Rime amor com dor.
Volte ao mundo do cafona.
Chega de "eu te amo"
Chega de sentimentos vazios
De palavras soltas ao léu
Deixem de ser broncos
Usem metáforas, eufemismos
Abusem das figuras de linguagem
Dos mecanismos semânticos
Misturem os acordes do violão
A palavras de paixão
Larguem mão de textos prontos
Colha flores de um jardim
Admire àquela única como a nenhuma outra.
Levante-se da poltrona
Escreva versos versos sinceros
Rime amor com dor.
Volte ao mundo do cafona.
domingo, 9 de setembro de 2012
Criar no escuro
Várzea vazia que clama pelas vozes
Noite nenhuma passa sem algozes
Bonecos buscam pelo sopro da vida
Querem clamar pela ideia querida.
Xícaras tristes sorvem o sofrer
Pratos fundos para aparar os prantos
Das miríades de mentes a morrer.
Nos abraços baços moram as mentiras
Nas palavras rudes passeia a saudade
É na falta de ideias que o poeta dorme.
Noite nenhuma passa sem algozes
Bonecos buscam pelo sopro da vida
Querem clamar pela ideia querida.
Xícaras tristes sorvem o sofrer
Pratos fundos para aparar os prantos
Das miríades de mentes a morrer.
Nos abraços baços moram as mentiras
Nas palavras rudes passeia a saudade
É na falta de ideias que o poeta dorme.
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
O canto perpétuo de Alexandria
No furor
bravejante da quietude
Ressoa o
clangor das trombetas
O plácido
gutural do poeta
Vibra junto
aos acordes do alaúde
Os ecos das
bramidoras trompas de Jericó
Trazem
nevralgias ao aurículo do Oráculo
Ente que
censura ao cálice com báculo
E cala as
vozes radiosas dos Filhos de Jó.
Em revés,
d'aquele pretérito imperfeito
À eternidade
do trono de Cronos
A voz do
menestrel culminará em seu Direito.
Enquanto
enerva, pragueja às Três Marias
A maldição de
Minerva silenciará como em sepulto
Guardarás
esta quimera até o fim de teus dias.
Jamill
Shafofaire
domingo, 2 de setembro de 2012
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
sábado, 18 de agosto de 2012
Um sorriso no Silêncio
Nas brumas do silêncio opaco
Sufoco-me nos vapores do desejo
Nos cândidos anseios por teu beijo
Pelos olhos que são noite em que me perco.
Brilha, celeste, a tua palidez
Tétrica face da inocência
Palavras que transparecem a essência
De tua meiga timidez.
São estes momentos raros
Que aqueles de sentimentos avaros
Presenciam em seus sonhos.
É difícil crer
Nas mazelas do mundo
Quando estou perto de você.
Sufoco-me nos vapores do desejo
Nos cândidos anseios por teu beijo
Pelos olhos que são noite em que me perco.
Brilha, celeste, a tua palidez
Tétrica face da inocência
Palavras que transparecem a essência
De tua meiga timidez.
São estes momentos raros
Que aqueles de sentimentos avaros
Presenciam em seus sonhos.
É difícil crer
Nas mazelas do mundo
Quando estou perto de você.
sábado, 11 de agosto de 2012
Porções individuais
Espalhe, num tabuleiro bem untado
Dias claros batidos em neve
Aquele molho apimentado
As noites de massa leve
Tardes tenras de trabalho
Torradinhas, como as das manhãs
Um sorriso de dentes de alho
Corte cebolas, para chorar
Uns jilós e umas pimentas
Porque não é de tudo que você vai gostar.
E para seu agrado
Uma lata de leite condensado.
terça-feira, 7 de agosto de 2012
Gotas d'alma
Fremente está a fronte pálida
Ao sentir seu toque profundo
Que saiu de uma crisálida
Para dar "olá" ao mundo.
Derrama o vagabundo
Se lhe alcança o esmero
Escapa do iracundo
Quando aquele é sincero.
As largam os amantes
a qualquer horário
no sofrer solitário
por aguardar o retardatário
das lembranças do primário
Sobre o tênue sudário
Viver sem chorar? Deus o livre!
Pode até ser por um cisco
Quem chora, vive.
Diagnóstico
O Doutor está morto
Tão morto, que não há cura.
E eu, aqui, absorto
Afugentando a paúra.
Será que devo tomar a pílula?
Depois de permear os agravantes
de uma paixão galopante
que afligiu-me da testa à rótula.?
Em estado terminal
de borboletas no estômago
e caraminholas na cabeça
com atos de autômato...
Acabei bem à beça.
Não estava tão mal,
Afinal.
Tão morto, que não há cura.
E eu, aqui, absorto
Afugentando a paúra.
Será que devo tomar a pílula?
Depois de permear os agravantes
de uma paixão galopante
que afligiu-me da testa à rótula.?
Em estado terminal
de borboletas no estômago
e caraminholas na cabeça
com atos de autômato...
Acabei bem à beça.
Não estava tão mal,
Afinal.
sábado, 4 de agosto de 2012
Chuva de ideias
O céu está caindo
tão lindo
sumindo
florido
lá vem ela
na rua
timidez
me escondo?
Digo olá
Como vai?
Vamos sair?
Tá certo
Até mais.
celular
não é ela
quem?
Ah, oi
Não quero comprar nada.
Merda.
Tudo muda
Até eu
veja você
Jamais
Ainda vivo dentro de mim
Sei lá eu
Serei lá eu?
Talvez o tempo
respostas
quem precisa delas?
Viver é a resposta.
Que merda.
tão lindo
sumindo
florido
lá vem ela
na rua
timidez
me escondo?
Digo olá
Como vai?
Vamos sair?
Tá certo
Até mais.
celular
não é ela
quem?
Ah, oi
Não quero comprar nada.
Merda.
Tudo muda
Até eu
veja você
Jamais
Ainda vivo dentro de mim
Sei lá eu
Serei lá eu?
Talvez o tempo
respostas
quem precisa delas?
Viver é a resposta.
Que merda.
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
Ideias Nebulosas
É em detrimento das chagas mundanas
Que vencem os deleites do Universo
Das antíteses de teses profanas
Nascem mundos que giram em moto-reverso
De um turbilhão de febres terçãs
De requintes de cansaço e melancolia
Regozijam as supernovas e as anãs
Munidas de lampejos de beleza e aporia.
Para ver o colapso de uma nuvem de hidrogênio
A fusão das partículas e as relações quânticas
É muito válido esperar por mais de um milênio
Se alguma alma desvendar meio dogma universal
Elucidada está das mazelas que o mundo guarda
Munida do poder de cruzar a Fronteira Final.
Que vencem os deleites do Universo
Das antíteses de teses profanas
Nascem mundos que giram em moto-reverso
De um turbilhão de febres terçãs
De requintes de cansaço e melancolia
Regozijam as supernovas e as anãs
Munidas de lampejos de beleza e aporia.
Para ver o colapso de uma nuvem de hidrogênio
A fusão das partículas e as relações quânticas
É muito válido esperar por mais de um milênio
Se alguma alma desvendar meio dogma universal
Elucidada está das mazelas que o mundo guarda
Munida do poder de cruzar a Fronteira Final.
Frenesi do Baiacu
Água bonita
Água gostosa
Me vive e me mata
Água leitosa!
Água gelada
Água que evapora
Me banha por dentro
Me lava por fora
Olga Olegária do alambique
Mistura de algas hilariantes
Água de Moçambique
Água molhada
Água ladina
Jacarezinho que não nada, morre
Xuá!
Jamill Shafofaire
Algo
Se tem uma coisa que impressione
É essa coisa.
Uma coisinha que coisa com nossas coisas
Coisar é o de menos,
o difícil é achar essa coisa
Coisar uma coisa que coise com você
Pode ser uma coisa difícil
Mas olha,
tem cada coisa...
Coisíssima alguma pode coisar essa coisa
Coisar isso de volta, é coisa boa
Coisar aquilo de propósito, é coisa de louco
E você deve estar pensando:
"Que coisa!"
Ou talvez:
"Que coisa?"
Pois então, Dona Coisa, de que coisa estou falando?
sábado, 9 de junho de 2012
Eu-Lírico
O fado do poeta
é procurar sua musa
alguém que o seduza
aquela que seus versos completa
Quando a encontrou,
podem até achar heresia,
mas em seu ser
o escritor viu pronta a poesia.
A métrica perfeita em seus cabelos,
dodecassílabos,
O soneto naturalista de seus olhos
que capturavam a alma,
de fora para dentro.
Um ode a Afrodite
Uma antítese na monotonia
A face de perfeição barroca
O Corbusianismo de suas curvas.
Nem mesmo Alencar
Se daria à pachorra
De achar-te uma metáfora.
A nada ele conseguirá te comparar.
Jamill Shafofaire
quinta-feira, 7 de junho de 2012
!
Pode não ser uma ideia feliz
Dizer estar "sempre alerta"
e não carregar a flor-de-lis.
Quando transpira-se mais adrenalina do que cloreto
As gotas de suor cortam a pele como lanças frias
Do mais amargo aço temperado
Nada mais de vaidade.
Ao avistar o desconhecido no ermo.
É fútil o o mais sutil orgulho
É inútil qualquer gemido
Quando se fita o Perigo
Dizer estar "sempre alerta"
e não carregar a flor-de-lis.
Quando transpira-se mais adrenalina do que cloreto
As gotas de suor cortam a pele como lanças frias
Do mais amargo aço temperado
Nada mais de vaidade.
Ao avistar o desconhecido no ermo.
É fútil o o mais sutil orgulho
É inútil qualquer gemido
Quando se fita o Perigo
domingo, 13 de maio de 2012
Os Três Senhores
Sabeis observar?
Pois
então és respeitável.
Sabeis
fazer?
Isto
cabe a todos.
Homens
racionais,
São os
que sabem obedecer.
Acaso
quem controla seus atos não é você?
Você é
livre!
Suas
atividades,
Você escolhe.
Suas
atividades,
É você
quem as faz.
Saiba,meu
caro,ser livre;
Saiba,amigo,obedecer;
Pois
foi tu quem escolheu,
E tu
mesmo o fará.
Aprenda
duas coisas e mais uma;
Aprenda
a aprender,
Saiba fazer
E a
continuar.
Pois
fracos os que não aguentaram o que escolheram.
A
jornada pode ser longa,mas é tua,
Tu és
livre ou preso a impulsos?
São os
fracos que desviaram para caminhos curtos e frívolos!
A
palavra não sabem honrar;
Tiraram
a liberdade de seu altar!...
São coitados,
Nunca viveram,
E não
sabem viver;
Não nasceram
E continuam
mortos.
Jamill Shafofaire
sábado, 5 de maio de 2012
Frenesi du Takifugu
Eau jolie
Eau bien me fait
Me vivre et me tue
Eau du lait!
Eau froide
Eau chaude
Baigne mon intérieur
Lave-moi dehors
Olgue Olégarie d'alambic
Mélange des algues hilariants
Eau de Moçambic
Eau mouillée
Eau friponne
Petit caïman que ne naige, mour
CHOI!
Jamill Shafofaire
Eau bien me fait
Me vivre et me tue
Eau du lait!
Eau froide
Eau chaude
Baigne mon intérieur
Lave-moi dehors
Olgue Olégarie d'alambic
Mélange des algues hilariants
Eau de Moçambic
Eau mouillée
Eau friponne
Petit caïman que ne naige, mour
CHOI!
Jamill Shafofaire
Sofia
Fui à Grécia buscar o amor,
mas conhecimento era o que eu procurava
Por amor, até a Roma eu rumaria
porém só aqui encontro a verdadeira
Sofia
Ah, Afrodite e Minerva pausam para um
chá,
Ouço a concordância de brisa em minha
cabeça,
Que há circunstancia em que a fé
vence a ciencia,
Quando o amor vence toda a razão.
Assovios nos lábios,
cantorias às escondidas
Poemas piegas como esse,
flores para beijar
A propósito,
há propósito no coração do
apaixonado
Que deixa o mundo de lado.
Jamill Shafofaire
Zênite
Alforria do ar preso no peito
Que expande o diafragma,
Dança de uma alma pura
Afeto ardente como magma.
Desenhos nos muros,
Ataques aos mouros,
Ao ar lanço murros,
Dando fim aos choros.
Por ventura consegui!
Cheguei ao seu coração com diligência,
Porventura, por que não alcançaria?
Sem mais importância, Deus e a Ciência.
Salve! Salve!
A todos os predestinados,
Aos apaixonados,
Àqueles como tu e eu, meu caro
Que assoviam, cantam, alcançam!
Jamill Shafofaire.
Que expande o diafragma,
Dança de uma alma pura
Afeto ardente como magma.
Desenhos nos muros,
Ataques aos mouros,
Ao ar lanço murros,
Dando fim aos choros.
Por ventura consegui!
Cheguei ao seu coração com diligência,
Porventura, por que não alcançaria?
Sem mais importância, Deus e a Ciência.
Salve! Salve!
A todos os predestinados,
Aos apaixonados,
Àqueles como tu e eu, meu caro
Que assoviam, cantam, alcançam!
Jamill Shafofaire.
Hombre Libre
Fazer a vontade,
É prisão;
Ter liberdade,
É perfeição.
Homem bom,
Deseja o bem;
Todos são assim?
Não sei.
Homem mau,
Deseja o mal;
Ou será que não?
Ele é escravo,
Isto é certo.
Fazer vontade,
Não me entenda
mal,
É pecado.
Fazer o quê se
quer,
Compreenda-me isto
é detalhado,
É casto.
A liberdade,
Nossa castidade!
A liberdade,
Nossa perfeição!
Jamill Shafofaire
Jamill Shafofaire
A Mnemónica do Liberute
Ó,homem que não perde a lembrança,
Lembra-te que tu
tens isso,
Não por divindade,
Mas porque sabeis o
quê deveria fazer.
Esquecer?!
Só para fracos.
O que faz a alma
resplandecer,
Senão os
ingredientes nos pratos?
Digo,então que
isso é receita de iguaria,
Digna de Deuses,
Mas não é
ambrosia,
Nem néctar,
É arbítrio,
Pois a todos é
possível.
Deuses desfrutam
disso,
Com grande alegria;
Homens ignoram,
Com toda rebeldia.
Não troques de
pratos!
Será uma lambança!
Não desfaça esse
contrato!
Seja um homem que
não perde a lembrança!
Jamill Shafofaire
Bossa Nova
Sua melodia lota o salão
Os presentes bailam em êxtase
Num turbilhão de colcheias e semínimas
Com compassos rápidos e sorrisos sustenidos
Réles cordas metálicas
Simbolizam pouco, quando soltas
Solicitada uma canção,
Reavivam a alma do torpor
A tensão destas cordas
É festiva para os boêmios
E acalenta os inquietos
Ao seu som, toda emoção aflora
Porém, lá no fundo,
O cavaco chora
Jamill Shafofaire
segunda-feira, 30 de abril de 2012
Saia da Minha Cabeça
Saia da minha cabeça
Que seja rápido
Que eu lhe esqueça
És um pensamento intrépido
Seus olhos me encaram de maneira inocente
Seu sorriso tímido desperta o meu
Os cabelos denunciam que estás presente
Faria tudo por mais um sorriso teu.
Que ninguém de mim se compadeça
Fui infeliz no início, devo me corrigir
Vou voltar a me esforçar em fazer-te sorrir
Não saia da minha cabeça..
Jamill Shafofaire
domingo, 29 de abril de 2012
Un Minute
Je voudrais seulement un minute
Pour expliqué tout que je voudrais
Peut-être c'est peu
Pour expliqué tout que me fait mauvais
Pour aider-moi dans l'adieu
Cette visage je n'oublié jamais
C'est très facile un "Salut"
On
dit que le moyen est compliqué
Mais J'aime le moyen
L'adieu... regardez le problème
Vraiment,
le pire n'est pas l'adieu
Le
plus grand obstacle est ne peut pas parler
Parler à vous comme tu me plais
Sans vous perdre
Jamill Shafofaire
sábado, 28 de abril de 2012
Um Passeio na Praia
Sob
o manto gris celestial
Recosta-se
a alva joia noturna
Preguiçoso,
junto ao halo lunar,
Serpenteia
o esplendor hálico do Oceano
A
paisagem idílica delicia o transeunte
De
sapatos salgados pelo mar,
com
os cabelos que conservam o brilho da garoa,
a
indiferença cromática da abóbada
E
os olhos úmidos, com promessas de lágrimas a derramar
Quisera
eu ser um deles
Um
eterno grão de areia
Talvez
um pássaro, livre a voar
Um
peixe que as águas vagueia
Ou
mesmo um pedregulho,
porém
refestelado à beira-mar.
Jamill Shafofaire
Os Olhos do Ignoto
Seus olhos escuros,
como pala que guarda preciosa joia,
Contrastam com os sobejos!
Aos raios do alvorecer, sua pele cândida,
Desafiando o Sol com simples maçãs rosadas,
Mostra a altivez da mais bela vestal
aos humildes olhos do ignoto.
Rutilante, a pele formosa,
Faz o platônico sentir-se mais,
porém indefeso e insignificante!
Apesar disso, o sentimento é maior,
É infatigável, imortal,
Nos torna corajosos!
Quem dirá ao apaixonado para que desista!?
Nada diminuirá a intensidade!
O único que vê o infinito!
Ele não vê lascivia, vê algo puro, único;
Ele vê amor!
Jamill Shafofaire
como pala que guarda preciosa joia,
Contrastam com os sobejos!
Aos raios do alvorecer, sua pele cândida,
Desafiando o Sol com simples maçãs rosadas,
Mostra a altivez da mais bela vestal
aos humildes olhos do ignoto.
Rutilante, a pele formosa,
Faz o platônico sentir-se mais,
porém indefeso e insignificante!
Apesar disso, o sentimento é maior,
É infatigável, imortal,
Nos torna corajosos!
Quem dirá ao apaixonado para que desista!?
Nada diminuirá a intensidade!
O único que vê o infinito!
Ele não vê lascivia, vê algo puro, único;
Ele vê amor!
Jamill Shafofaire
Cintilas
Tênue eixo que encosta nuvens,
Suas ninfas iluminam cada dessas poças,
Diminutas fontes de todo resplendor,
Seu revérbero é como alegria das
moças.
Poética penumbra que permeie,
Assim atravesse-me acesa
Com cada gota de luz como aljôfares
E benta sejas, tu e tua sutileza.
A solidão que é trazida pelo
lusco-fusco,
E por cada gota vinda do firmamento,
Ermo álgido que jamais busco,
Brusco devaneio, trôpego e ciumento.
Fantasias chegam às sete com leve
aura,
E engrandecem toda vossa graça.
Faço minha vigília pela barca,
Há de me levar longe do ardor,
Para o mundo dos homens, feito de
fumaça.
Jamill Shafofaire.
Ciano Enclausurador do Fim do Dia
Estou sentado aqui escrevendo;
Luzes apagadas;
É o fim do dia.
A única luz que há
É a que vem através de uma parte do
telhado,
Que é translúcida.
Esta sensação,
De azul misturado com verde,
Me toma
E eu me sinto reconfortado.
Jamill Shafofaire
Desafio da liberdade
A minha vida
bucólica,
De fazer o dever,
Segue meu controle,
Meu planejamento.
Vezes, muitas,o
prazer não é feito ;
Eu sigo meus
planos.
Vezes,
muitas,parece maçante ;
Mas é liberdade.
A minha calma,
Me faz ver o lado
bom de tudo.
A minha atenção,
Conta ao meu
cérebro o quê ele vai saber.
Quem me ensinou a
euforia,
Foi aquele que me
deixou levar por impulsos.
Esse mesmo,
Me fez perder a
calma ;
Ganhei a ‘crítica’.
Me fez perder a
atenção ;
Ganhei a
‘minoridade’.
Me ensinou o
caminho da sarjeta.
Jamill Shafofaire
sábado, 21 de abril de 2012
O solilóquio da Rosa
Rubro detalhe inocente
Uma beleza solitária
Uma paixão pungente
Radiante cor primária
Da hora do poente.
Suas lanças naturais,
Superprotetoras,
guardam suas curvas sensuais,
Supersedutoras.
Na simplicidade, a nobreza
Na monotonia, um hiato
E, mesmo para os sem tato,
Há beleza.
Jamill Shafofaire
Assinar:
Postagens (Atom)