Nada mais nasce no pasto
De asnos e homens
Com seu francês gasto
Sem qualquer viagem
Mesmo rezando em latim
De quando em vez
Se esquecem, enfim,
De amar em português
Num dia de café com chuva
Em que as paredes se partam
Talvez se assustem os animais que pastam
E tricoteiras de luvas
Mas não haverá quem não perceba
Estrofes mais longas e versos sem rimas
Cheiro de terra e de nuvens acima
Quando versos forem tinta
E a vida for poesia.
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
Banzô
Não há rio que duas vezes se atravesse
No curso frio da realidade
Nostálgico é o ar que escutou a prece
E de fazê-la não tem vontade
Amor que passou e permanece
É saudade
Queria que houvesse laboratórios
Que façam um fármaco, um de verdade
Um que cure a nostalgia
Como um cisco no olho
E a troquem pelo belo punhado
De saudade que recolho
Se do tempo houver malícia
Não estamos a sós no escuro
o passado só traz más notícias
quando se veste de futuro
No curso frio da realidade
Nostálgico é o ar que escutou a prece
E de fazê-la não tem vontade
Amor que passou e permanece
É saudade
Queria que houvesse laboratórios
Que façam um fármaco, um de verdade
Um que cure a nostalgia
Como um cisco no olho
E a troquem pelo belo punhado
De saudade que recolho
Se do tempo houver malícia
Não estamos a sós no escuro
o passado só traz más notícias
quando se veste de futuro
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
Bode
Por que não pode?
Um país inteiro quebrado
TV 3D no mercado
E não posso estar de bode
Cauby Peixoto cantando
E eu sem saber quando
O que acontece comigo
Vai ser mais algo antigo
Mas bode por nada
Pois bodes têm bando
Não sou culpada
Por dar risada
Entediada
De vez em quando
Um país inteiro quebrado
TV 3D no mercado
E não posso estar de bode
Cauby Peixoto cantando
E eu sem saber quando
O que acontece comigo
Vai ser mais algo antigo
Mas bode por nada
Pois bodes têm bando
Não sou culpada
Por dar risada
Entediada
De vez em quando
Clara dos Santos
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