Nada mais nasce no pasto
De asnos e homens
Com seu francês gasto
Sem qualquer viagem
Mesmo rezando em latim
De quando em vez
Se esquecem, enfim,
De amar em português
Num dia de café com chuva
Em que as paredes se partam
Talvez se assustem os animais que pastam
E tricoteiras de luvas
Mas não haverá quem não perceba
Estrofes mais longas e versos sem rimas
Cheiro de terra e de nuvens acima
Quando versos forem tinta
E a vida for poesia.
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